quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Pela manhã....

" No momento em que você acorda de manhã. Todos os seus desejos e esperanças para aquele dia avançam em sua direção como bestas selvagens. E, a cada manhã, sua primeira tarefa é simplesmente a de repeli-los; é a tarefa de ouvir aquela outra voz, assumir aquele outro ponto de vista, abrir caminho para aquela outra vida, uma vida maior, mais forte e mais silenciosa. E assim também no restante do dia: distanciar-se de todas as suas manhas e ressentimentos naturais; sair do vendaval."                                                                                                                                      (C.S Lewis Cristianismo puro e simples.)

Tinha pensado nisso outro dia, mas não conseguia traduzir em palavras (Valeu Lewis!). Quando acordo, tenho que lutar tanto contra os meus pensamentos...senão eles me atropelam (como bestas selvagens). Eu custo a cair na real, custo a lembrar-me da realidade, a assimilar o que eu posso ou não posso, o que eu tenho ou não tenho. Costumo dizer que sou mais lenta que o normal ao acordar. Rsrs. É tão estranho, será que só eu sou assim?
 A luta é constante. Toda manhã mato os gigantes dentro de mim, mato a minha vontade mesquinha e egoísta de viver pra mim mesma, por vezes eu perco, mas tenho a garantia de um perdão ilimitado e de uma misericórdia que se renova toda manhã....olha que coincidência a misericórdia de Deus se renova: "toda manhã!" 
E assim eu prossigo.

"Sejas meu Universo, que sejas tudo o que sinto e o que penso...que de manhã seja o primeiro pensamento..e a luz em minha janela..."

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Sem sentidos...

“... Não sentireis vento, nem vereis a chuva; todavia, este vale se encherá de tanta água, que bebereis vós, e o vosso gado, e os vossos animais. Isto é ainda pouco aos olhos do Senhor; de maneira que também entregará Moabe nas vossas mãos”. (II Reis 3:17-18)

   Para a mente humana isto era simplesmente impossível, mas nada é difícil demais para Deus. Sem nenhum som ou sinal, de fontes invisíveis e aparentemente impossíveis, as águas vieram brotando durante toda a noite; e quando a manhã raiou, aquelas covas estavam cheias de águas cristalinas, que refletiam o vermelho do sol surgindo atrás dos montes de Edom.
   Nossa incredulidade está sempre querendo algum sinal externo. A religião de muitos baseia-se grandemente nos sentidos, e eles não se satisfazem se não virem manifestações, etc.; mas o maior triunfo da fé é aquietar-se e saber que Ele é Deus.
   A grande vitória da fé é ficar diante de um mar Vermelho e ouvir o Mestre dizer: “Estai quietos, e vede o livramento do Senhor”; e, “Marchai!” É quando avançamos –sem nenhum sinal ou som, sem nenhum movimento de ondas – e, embora molhando os pés no primeiro passo, prosseguimos em frente, é então que vemos dividir-se o mar, e abrir-se um caminho através das próprias águas.
   Se já vimos as maravilhosas operações de Deus em algum caso extraordinário de cura ou livramento, estou certo de que o que nos impressionou mais foi a quietude em que tudo foi realizado, a ausência do espetacular e do sensacional e o sentimento da nossa inteira nulidade na presença deste Deus poderoso, e vemos como foi simples para Ele a realização daquilo – sem o menor esforço da sua parte e sem o menor auxílio da nossa.

   Não compete a fé questionar, mas obedecer. As covas foram feitas, e a água veio se derramando de uma fonte sobrenatural. Que lição para a nossa fé!

    Você está ansioso por alguma bênção espiritual? Abra as valas, e Deus as encherá. Nos lugares mais inesperados e das maneiras mais inesperadas.

   Como é necessária a fé que age por fé e não pelo que vê, e que espera a operação de Deus embora não haja vento nem chuva. – A. B. Simpson

(Extraído do Livro: Mananciais no Deserto)